Costa Rica’s Craft Beer Company

  
Em minhas últimas vistas à maravilhosa Costa Rica tive a grata surpresa de conhecer as cervejas da primeira microcervejaria artesanal do país, que leva o verborrágico nome de Costa Rica’s Craft Beer Company.

Localizada a uma distância de cerca de 20 minutos da Capital San José, a cervejaria foi criada em 2010 por um grupo de amigos apaixonados por cerveja e que tinham um sonho de introduzir a cultura da cerveja artesanal em seu belo país. 

O resultado é espantoso, ainda mais em um país sem tradição na cultura cervejeira. Tive o prazer de provar quatro dos rótulos da costariquenha:

– Segue Red Ale: uma das melhores Red Ale que já tomei. Um pouco mais lupulada do que a média desse estilo. 

– Libertas Tropical Golden Ale: também  excelente, uma Ale leve e refrescante sem cair para o adocicado como muitas do estilo.

– IPA (sazonal): dry hopped e com amargor e refrescância que combinam bem com o clima do país caribenho. 

– Oktoberfest Ale: uma Ale estilo alemã, suave no amargor. 

Foram todas provadas on tap no bar do Hotel Marriot, mas a cervejaria também distribui sua produção em bares e pubs especializados em cervejas artesanais da capital San José. 

Quando pedir uma, não esqueça de fazer como os locais, brinde e grite em alto e bom som: “Pura Vida!!”

Site: http://www.beer.cr  

   

Delirium Café Rio de Janeiro

Aos leitores que gostaram de nosso post sobre a incrível Delirium Café Bruxelas (relembre aqui) , temos uma excelente notícia: o Brasil também possui a sua unidade desse excelente pub, instalada no Rio de Janeiro.

Com um cardápio com algumas centenas de rótulos diferentes, nossa versão carioca do bar belga não decepciona e é uma parada obrigatória para todos os apreciadores de uma boa cerveja. A primeira vez em que estivemos lá foi em 2011, quando o pub havia sido recém aberto e não tinha um público tão grande quanto o que constatamos agora, em 2013.

Em um sábado à noite, no final de semana da final da Copa das Confederações (o que pode ter contribuído para o grande aumento do público), o Delirium estava completamente lotado e fomos instalados em algumas mesas na calçada. Depois de um certo tempo para conseguirmos chamar a atenção de um garçom, efetuamos nosso pedido. A parte triste fica para a falta de estoque da cerveja que dá nome ao pub.

Apesar dessa falha, diversas opções de cervejas on Tap e em garrafas de diversos tamanhos estavam disponíveis. Inglesas, americanas, irlandesas e, claro, belgas para todos os gostos.

Uma melhoria que o bar teve de 2011 para 2013 foi a adição de diversos petiscos, entradas e sanduíches ao cardápio. Destaque para o Burguer Delirium, feito com pão de malte.

Os preços não são os mais amigáveis e assustam um pouco até os bebedores já acostumados às contas de cervejas premium. Mesmo assim recomendamos a todos a visita.

Delirium Café RJ – www.deliriumcafe.com.br

Rua Barão da Torre, 183, Ipanema

Funcionamento: de segunda a quinta, de 17:00 às 00:00h, sexta e sábado de 17:00 às 02:00h e domingo de 16:00 às 23:00h


Eisenbahn Pale Ale

Pale Ale é uma versão mais clara das Ales, tipicamente menos carregada no lúpulo (e no amargor) do que as Ales e IPAs mais tradicionais.

Essa é definitivamente a definição da Eisenbahn Pale Ale de Blumenau. Uma Ale feita sob medida para o paladar dos consumidores de um país tropical. Mais refrescante e leve do que suas similares européias, em especial as Belgas.

Um teor alcoólico relativamente baixo (4,8%) e um sabor que marca mais pelo malte e menos pelo amargor ou o frutado finalizam a receita feita para iniciar os apreciadores de Pilsen e Lager no mundo das Ales.

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Kirin Ichiban

Na semana passada visitei o excelente restaurante japonês Sendai, a convite do amigo Paulo, autor do blog Comendo em São Paulo. Lá chegando, pedi uma japonesa clássica, a Kirin.

Como toda boa cerveja japonesa, a Kirin é uma Lager suave, não muito alcoólica (5%) e nem muito amarga. Equilibrada. Bem ao gosto dos orientais. Seu sobrenome, “Ichiban Shibori”, significa primeiras prensagens, o que na prática trata-se do uso de menor pressão sobre os grãos na extração do açúcar. Segundo a fabricante, isso acarreta na necessidade de mais grãos para a preparação, mas deixa o sabor mais suave.

Apesar de presente no Brasil através da Schinchariol, Devassa, Baden Baden e Eisenbahn, as Kirin saboreadas aqui sao importadas. A que saboreei nessa ocasião era feita em Los Angeles.

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BrewDog Punk IPA

O carro chefe da escocesa BrewDog, fundada em 2007, é uma cerveja bastante peculiar. No estilo American Pale Ale, o que significa uma IPA feita com doses pesadas de lúpulos frutados importados dos Estados Unidos.

Tal combinação dá à Punk IPA o marcante amargor típico das IPAs mas com um forte gosto de frutas tropicais, destacando-se um sabor de maracujá que se mistura com o amargo do lúpulo no final.

Possui uma dose média de teor alcoólico (5,6%) e um amargor que marca 45 IBUs. Ótima pedida para os fãs de IPAs e cervejas mais amargas e fortes.

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Edelweiss

Cervejas de trigo costumam ter um gosto bastante acentuado que, na opinião desse blogueiro, lembram algo como pão líquido.

Esse definitivamente não é o caso da deliciosa Edelweiss. Produzida nas proximidades de Salzburg e dos alpes austríacos, essa cerveja de trigo possui um sabor leve e refrescante, muito diferente de outras similares.

Seu nome é o mesmo de uma flor típica da região que, reza a lenda, cresce em lugares muito remotos dos alpes, apenas podendo ser colhida pelos mais bravos. Esses, ao lograrem sucesso em sua busca, presenteiam a mulher amada com o raro troféu.

Mas calma, ao contrário da flor, a cerveja pode ser encontrada em lojas especializadas e em algumas redes de supermercados. 🙂

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DeuS

Caros leitores, provamos recentemente a ímpar e quase mítica cerveja DeuS. Para quem não conhece, trata-se de uma cerveja do tipo champagnoise, cuja produção (limitada a 15.000 garrafas/ano) inicia-se na Bélgica com o uso de puro malte, água e uma longa fermentação. Em seguida, a cerveja segue para a cidade de Reims, região de Champagne (França), onde é inserida em garrafas do famoso vinho espumante local.

Após engarrafada, a DeuS passará pelo processo de remuage, que significa girá-la diariamente para que os sedimentos da levedura sejam depositados no gargalo. Findo esse processo, são retirados os sedimentos e é inserida a rolha idêntica às de champagne.

A temperatura ideal para o consumo de DeuS é entre 0 e 4 graus celsius. Recomenda-se colocá-la por 30 minutos em um balde de gelo, de forma idêntica ao champagne, servindo-a em copos longos tipo flauta, copos esses que não dispunhamos na ocasião de nossa degustação. 🙂

O sabor de DeuS é único. Trata-se de uma cerveja refrescante onde pode-se (mesmo) notar uma complexidade de mistura de sabores como maçã, manjericão, carvalho e outros. O alto teor alcoólico (11,5%) é levemente perceptível assim como a puxada um pouco doce do sabor.

DeuS pode ser encontrada em varejistas e lojas especializadas por valores que variam entre R$ 120 e R$ 200.

Brooklyn Brewery Monster Ale

As cervejas americanas tem se destacado cada vez mais no mercado de cervejas Premium. Uma das cervejarias desse desse movimento é a Brooklyn Brewery, fundada em 1987 na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos.

A Brooklyn Brewery produz cervejas de diversos tipos: Pilsen, Lager, Brown Ale, Pale Ale, Pennant Ale. Na inauguração de sua nova fábrica, localizada na vizinhança de Brooklyn’s Williamburg, teve como mestre de cerimônias o prefeito Rudy Guiliani no ano de 1996.

O Brejas de Ouro avaliou a Brooklyn Monster Ale, cerveja sazonal, disponível apenas de dezembro a março.



A Monster Ale é do tipo conhecido como barley wine, pois é tão forte como o vinho (graduação alcoólica entre 8% e 12%), mas produzida à base de grãos. A barley wine era feita pelos mordomos para a aristocracia inglesa e americana.

Produzida à partir de malte escocês, envelhecida por 4 meses e de cor avermelhada com gosto final marcante, a Monster Ale tem graduação alcoólica de 10,3%.

Se estiver no pub O’Malley’s em São Paulo, não esqueça de pedir o clássico burger Litlle Monster, com bastante queijo e que combina muito bem com a Monster Ale.

Edu Kbeça

Heineken de barril

O famoso barril de Heineken tornou-se uma febre no Brasil de alguns tempos para cá, alegrando festas e churrascos com a deliciosa euro lager feita na Holanda. Seu grande diferencial em relação a outras cervejas de barril é o sistema de pressurização patenteado pela Heineken.

A Heineken é uma das melhores lager de grande circulação à venda no Brasil  e seu barrilete é fácil de ser encontrado em supermercados por preços que variam de R$ 40 a R$ 60, compondo um custo/benefício muito atrativo.

Gele o barril por pelo menos 10 horas, coloque com cuidado a torneira na parte superior (acredite, você não vai querer quebrar o fino tubinho que encaixa no barril) e pressione já com um copo à postos para pegar o primeiro trago.

Após aberto, o barril pode ser conservado em geladeira por 30 dias, embora não existam relatos de algum que tenha conseguido atingir tamanha longevidade 😉

Samuel Adams Boston Lager

Uma Lager fantástica, feita pela jovem cervejaria americana Boston Beer Company, criada na década de 80 por Jim Koch. Descendente de uma família de mestres cervejeiros com experiência no assunto desde os anos 1800, Jim retomou o negócio que havia sido interrompido por seu pai nos anos 50, quando a produção em massa de cerveja de baixo custo arrasou com muitas das pequenas cervejarias americanas.

A Samuel Adams Boston Lager foi a pioneira do retorno triunfal. Uma cerveja feita com ingredientes de qualidade, leve e saborosa, tal como o público da região aprecia. Tudo começou quando Jim resgatou as receitas de seu trisavô e começou as tentativas de produção caseira em sua cozinha. Mal sabia ele que aqueles experimentos seriam a base de uma nova revolução na cerveja americana e que hoje ocupa grande destaque nos bares e restaurantes de todo o território dos EUA.